Flores e sabores

Para perceber um sabor nossa boca faz uma dupla importante com nosso nariz ou melhor dizendo, paladar e olfato sempre andam juntinhos.

Os elementos químicos que detectamos com o paladar se depositam no muco existente na parte superior da cavidade nasal. Já nossa língua está recoberta por pequenos caroços de tecido que ajudam a conter e mover os alimentos enquanto mastigamos. São as famosas papilas gustativas responsáveis por reconhecer as substâncias do gosto e enviar a informação ao cérebro.

Nossos receptores gustativos detectam cinco gostos básicos: doce, salgado, azedo, amargo e o umami (do japonês, gosto saboroso e agradável).
Estudos recentes sugerem que a língua não tem um mapa para sentir os sabores e sim que nossos botões gustativos estão espalhados de maneira uniforme por toda a língua, com uma concentração um pouco maior nas laterais e na ponta.

E o que seria do nosso paladar sem os condimentos e especiarias. Então, na “ponta da língua”, encontrei as plantas, flores e frutos de alguns dos nossos principais temperos:

Pimenta-do-reino

Os grãos de pimenta são colhidos numa espécie de cipó. Ela pode ser encontrada em grãos brancos e pretos. Depois de colhida e seca sua tonalidade é naturalmente escura. Já o grão branco recebe uma lavagem em água temperada e seca ao sol, deixando seu sabor mais adocicado e perfumado. Curiosamente na Idade Média, a pimenta do reino tinha valor monetário, servia para pagar impostos e honorários para juízes.

Cravo-da-Índia

O cravo-da-índia é produzido pela craveira, árvore de grande porte que atinge mais de 15 metros de altura e costuma durar mais de cem anos. Aqui no Brasil é cultivado comercialmente em algumas cidades do sul da Bahia. Você conhece os cravinhos secos e escuros, mas os botões florais começam amarelinhos e vão escurecendo até o vermelho escuro. Eles precisam ser colhidos antes da flor desabrochar.


Noz-moscada

A árvore da noz-moscada chega a atingir 20 metros de altura. Suas folhas são parecidas com as do louro e suas flores têm a forma de sino. Os frutos da moscadeira parecem com damasco e quando amadurecem se abrem, revelando uma cobertura carmim que envolve uma única semente. Esta semente deve secar ao sol e ao quebrar-se revela a noz moscada como a conhecemos.

Canela

A canela é extraída do caule da caneleira cujo tronco robusto chega a alcançar 35 cm de diâmetro. Suas folhas são brilhantes e lisas e as flores agrupadas em cachos ramificados. A canela que utilizamos é retirada da primeira camada do tronco, cortada em pedaços e colocada para secar ao sol. É nessa secagem que as pontas se enrolam e formam os doces e aromáticos canudos de canela.

Isso tudo só pra contar e lembrar que nos seus potinhos de temperos também se escondem as dádivas e bençãos da Mãe Natureza!

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