As faces do estresse

Como de costume, escolhi um tema, arregacei as mangas e fui pesquisar sobre o quê se anda falando do assunto. Li uma porção de textos e de coisas já conhecidas e me peguei pensando e avaliando as informações sob o prisma da Alquimia. Fazer o quê, cacoete de alquimista.

Então decidi, à revelia dos tempos atuais, ser metafísica e falar um pouco sobre estresse com um olhar meio bruxo, meio curandeiro, usando, dentro do possível, pitadas de “verdades” científicas, como se, de vez em quando, a racionalidade se jogasse em meu caldeirão, ou melhor, em minhas palavras.


Eis o que a Ciência diz:

“Estresse: toda reação não-específica do corpo a qualquer tipo de exigência. Desgaste físico ou emocional.”
“No Brasil, 70% dos adultos economicamente ativos sofrem hoje de estresse e quase metade deste contingente sente-se sobrecarregada em razão do trabalho.”

“A pressão psicológica é capaz de nos deixar mais atentos e melhorar a memória e a capacidade de aprender; mas em excesso os estímulos podem ter efeito contrário...”
Exaustão prolongada causa doenças físicas e emocionais.”

“O registro de fatos emocionantes pelo nosso cérebro é especialmente suscetível à ação hormonal, talvez porque seja afetada a amígdala (estrutura cerebral que desempenha papel importante no processamento das emoções).”
Vamos separar as palavras-chaves: desgaste, sobrecarga de trabalho, pressão, excesso de estímulos, doenças, hormônios, emoções... Fatores externos que desencadeiam riscos internos... Mas pense tembém que algumas vezes tomamos o caminho contrário: nossos pensamentos criando estresse para o nosso corpo.

Sob o ponto de vista da Alquimia, nosso corpo é a mais pura e simples expressão do nosso Espírito nesta dimensão. Este corpo é formado por três substâncias - Mercúrio, Sal e Sulphur e quatro elementos – Fogo, Terra, Água e Ar, cuja lente possui o espectro solar e é conhecida como Aura.
Mas nem precisamos saber disso e nem acreditar nisso para tirarmos conclusões bastante coerentes sobre os diversos tipos de estressados que encontramos pela vida...

Podemos apenas imaginar que um corpo pode ficar estressado de três formas; mental, sentimental e física, com maior ou menor ênfase em um ou outro elemento, dependendo do temperamento essencial da pessoa estressada.
Quando o estresse é mental, os sintomas vão surgir na área superior do corpo, dores de cabeça, visão cansada, tonturas, dores de garganta e problemas com a voz.

Já um estresse emocional ou sentimental, como queiram, vai ser sentido pelo coração, ou seja, pelo sistema cardiovascular com consequências para toda a circulação e a pele. Esse estresse é típico daqueles que já possuem uma carência afetiva ou estão passando por separações ou mudanças.
Agora quando o estresse é físico, ele se faz aparecer em processos inflamatórios e atingirá, principalmente, áreas inferiores do corpo. Muita diarreia, dores nas pernas, digestão prejudicada nos intestinos com consequente formação de gases.

Os temperamentos também vão sofrer com o estresse de diferentes maneiras. As pessoas mais mentais podem se tornar rabugentas e ranzinzas. Nada, nem ninguém mais, agradam e acabam ficando rudes e ofensivas com as palavras.
As pessoas mais sentimentais, vão procurar o isolamento e quando falarem com os amigos será para choramingar e se vitimizar.

Já os temperamentos mais voltados para a materialidade, vão se tornar muito agressivos e impacientes, podendo até chutar as coisas e mesmo usarem de violência. São os estressados considerados mais irritantes, porque têm verdadeiros “ataques”.
Mas também conhecemos aqueles que apresentam todos os sintomas juntos, com oscilações graves de humor e de sociabilidade. Estes pobres seres perderam quase completamente sua conexão com a Natureza e vão precisar de muita perseverança de seus médicos e terapeutas para saírem desse hiper estresse.

Para não cair na mesmice de tudo o quê vocês já leram e estão cansados de saber, vou somente pincelar algumas dicas para todos os tipos de estressados de plantão.
Primeiro, desacelerar, respirando mais e melhor. Parar alguns minutos, algumas vezes ao dia, o trabalho e a rotina e, mesmo sentado, se alongar, se espreguiçar, livrar o corpo das pequenas tensões que acabam se acumulando. Pausas criativas.

Depois, alimentar-se com consciência. Mais do que aquilo que comemos é o modo como comemos que realmente importa. Sem pressa, degustando e mastigando os alimentos. Imaginando que aquela comida está dando energia e força para seu corpo e para sua alma também.
Por último e não menos importante, cuidar de seu sono. Manter uma rotina e um ritual para adormecer. Não é tão difícil, só precisa ouvir sua voz interior, ouvir a consciência do seu corpo, não através de dores e distúrbios, mas durante a saúde.

Dedicação e atenção a si mesmo, um presente que pode aumentar a sua capacidade e seu sentido natural de ser humano.

Fontes: revista Mente&Cérebro, Scientific American; Programa de Saúde de Rudiger Dahlke, editora Cultrix; Escola de Alquimia Joel Aleixo

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